Fundos de Renda Fixa 2011 - Dicas

Fundos de Renda Fixa 2011 - Dicas - Opções para os investidores mais conservadores não faltam no Brasil. É só pensar que, durante muito tempo, com a taxa básica de juro alta, os brasileiros deixavam o dinheiro render de forma segura nas modalidades de renda fixa. Mas qual deve ser o comportamento dos
investidores em 2011 nestas categorias?
No caso da poupança, de acordo com o professor da Brazilian Business School, Ricardo Torres, 2010 foi um ano fantástico, mas 2011 deve ser um ano de mudança de comportamento.
“Quando a taxa Selic estava mais baixa no ano passado, havia uma migração de investidores mais sofisticados buscando o retorno da poupança, porque ela não paga Imposto de Renda. Em 2010, quando vimos a Selic a 10,75%, tivemos uma migração inversa, vazamento da poupança para outros investimentos, como CDBs, fundos DI e Tesouro Direto”, conta Torres. “Imaginávamos que iria reduzir a captação da poupança, porém, este ano, as classes C e D tiveram ganho de renda que foi bastante substancial e investiram na poupança, independentemente do retorno”.
Para 2011, no entanto, ele disse acreditar que a poupança deve reduzir o ritmo de crescimento nas captações. Com o aumento da taxa básica de juro, esperada para o início do próximo ano, investidores mais sofisticados devem recorrer a outras modalidades. Já aqueles das classes C e D não vão contar com um avanço tão expressivo da renda e, logo, sobrará menos capital para aplicar na poupança, ainda mais no início de ano, com diversas contas para pagar.
Outras modalidadesConfira, abaixo, o que se espera do comportamento do investidor em outras modalidades da renda fixa para o próximo ano, segundo o professor da Brazilian Business School:
- Fundos mais conservadores  (renda fixa, DI e outros): depois da crise de 2008, o investidor brasileiro mudou seu comportamento e foi em busca de mais conhecimento, um choque para a indústria de fundos, que teve de adequar suas taxas de administração ao desempenho dos fundos. “Muitos fundos em que o gestor não tinha mais valia e cobrava taxas abusivas, como os DI, tiveram uma mudança substancial”, disse Torres. Em 2011, essa busca pelo conhecimento deve continuar. “Em 2011, será coroado o gestor de qualidade, que faz a diferença, não o que faz o trivial, por exemplo, compra Tesouro Direto com dinheiro do cliente”, ressaltou.
- Tesouro Direto: de acordo com Torres, muitos investidores saíram de fundos para investir direto em títulos públicos federais neste ano, movimento que deve continuar em 2011. “Em boa parte deste ano, títulos pré-fixados estavam sendo uma boa pedida. No final do ano, com a perspectiva de que a taxa de juro suba, com a perspectiva de inflação, os pós-fixados indexados à inflação ou mesmo à Selic vão ter uma busca maior. Lá para fevereiro/março, quando o Copom determinar que suba a taxa básica de juro, voltam os pré-fixados novamente”.
- CDBs (Certificados de Depósitos Interbancários): o professor disse que não recomenda a modalidade, não pelo risco das instituições financeiras, que no Brasil são sólidas, mas por conta da remuneração. “Um CDB bancário ter como rendimento um percentual do CDI que seja inferior a 100% acho muito baixo e a maioria das instituições financeiras, para valores inferiores a R$ 100 mil, pagam abaixo do CDI. As pessoas podem fazer melhor com o capital”.
- Debênture: esses títulos de dívidas emitidos pelas empresas são, para Torres, uma ótima opção para os investidores. “Mas não são muito populares porque existem poucas emissões a tal ponto que todas que são lançadas vão para carteiras de fundos e bancos”, ressaltou. “É um grande gargalo para o mercado financeiro”. Neste ano, a nova emissão de debêntures do BNDES Participações foi tida como bastante interessante para o pequeno investidor, que pode comprar o título no mesmo preço dos grandes aplicadores.
DicasDe forma geral, as dicas de Torres para quem vai investir neste ano são buscar conhecimento, criar objetivos de curto, médio e longo prazos, criar o hábito e a disciplina de investir e buscar o menor risco e o maior retorno possível.

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